Na
expressão do sentimento habita a alma da verdade
Que dança
entre os homens o ritmo da loucura
Existindo
na mente como uma brisa ausente
Que se
faz presente num momento real
Canta a
vida
Alegre,
ferida e sentida
Na voz de
quem já não ouve mais seu próprio canto
Perdido
em si mesmo
Reproduz
o espanto de viver o não viver
De poder
o não poder
O som da
vida na sola de um sapato
Nos pés
de uma passista
No embalo
da antiga vitrola
Que com
seus cabelos brancos
Torna o
ócio dócil
E a vida
mais fácil
Por mais
dolorosa que seja à dança
transformar
tristeza em beleza
O mundo
se torna brando
Em sua
exuberância tom de mel
Latejante
a cada passo
Em cada
acorde
Em cada
gesto
Em cada
olhar de desespero
Harmonizando
a expressão da alma mundohumana
Nas
entranhas da terra
Farta de
sangue, suor e desejo.